O método slow parenting, o que é e quais as consequências ainda é pouco conhecido entre muitas pessoas. É um método de educação dos filhos completamente oposto a correria do dia a dia, com brincar com os filhos enquanto confere os e-mails do trabalho e aquele desejo incansável de organizar melhor o tempo e fazer as coisas de uma forma diferente.
Essa é a realidade de muitas famílias, devido o mundo muito globalizado e competitivo em que vivemos atualmente. Por isso, é comum que as crianças sejam inscritas em uma série de cursos, exigindo notas e resultados, deixando os filhos estressados, mas sempre com a preocupação de que eles não estejam preparados o bastante para o futuro.
O que é o slow parenting?
O movimento slow parenting aparece neste cenário de vida acelerada como um contraponto. Esse movimento defende a criação dos filhos respeitando o ritmo natural da infância, sem impor aos filhos uma agenda de adultos ou apressar etapas de desenvolvimento. Seriam os “pais sem pressa”, que preservam o tempo livre para que as crianças tenham espaço para se descobrir, interagir e relacionar com os membros da família de outra forma. Este movimento prevê uma criação incentivando um distanciamento saudável de tecnologias como eletrônicos, computadores e televisão, passando mais tempo ao ar livre, desenvolvendo as habilidades e em contato com a natureza.
O resultado é positivo?
O resultado de quem aplica o slow parenting em casa tem sido positivo, com crianças mais satisfeitas e criativas, que tem necessidades de menos coisas materiais e passam, consequentemente, a consumir bem menos que outras crianças da mesma faixa etária. Em todo o mundo, o nome de Carl Honoré aparece como um dos difusores do slow parenting, tendo se tornado um especialista em desaceleração, tanto para crianças, como também para adultos.
Em livros e palestras, o jornalista fala sobre as consequências negativas que um comportamento obsessivo e acelerado pode representar na educação infantil, deixando que o consumo, pressões financeiras e sociais se sobreponham na relação entre pais e filhos. Confira abaixo a lista com as indicações do especialista para identificar se sua família pode se beneficiar com esse movimento.
Como funciona o Slow Parenting
– Agendas de lado. Crianças com idade entre zero e cinco anos ainda não precisam de uma lista de atividades estruturadas, já que devem aprender de uma forma mais livre.
– Responsabilidades diferentes. As crianças não precisam ter inúmeras responsabilidades como os adultos. Para exercitar a mente e o corpo, manter algumas atividades extracurriculares pode ser uma boa. Mas se as tarefas se tornam exaustivas ou se estão sendo realizadas apenas como foco no currículo da criança, pode ser prejudicial a ela.
– Escute mais. Na hora de escolher uma atividade, jamais deixe de considerar o desejo da criança e suas habilidades. Ela deve opinar no que deseja fazer.
– Tédio positivo. Quando a criança fica entediada, isso a estimula a ser mais criativa na busca por algo que a entretenha.
– Ócio em família. Separe algumas horas na semana para que a família “faça nada” juntos, seja conversar, cozinhar sem programação prévia ou jogar brincadeiras simples em família.
– Permita interação. Quando levar seu filho a um parquinho, resista à tentação de ficar brincando com ela o tempo todo, incentivando que ela procure novos amigos e brinque com outros colegas.