PÍLULA DO TRUVADA PARA PREVENIR A AIDS
A medicina sempre está em busca de novos fármacos para alguns dos problemas que mais afligem a humanidade, porém, eles podem nem sempre ser tão bons quanto parecem à primeira vista. Assim, cabe a cada pessoa avaliar as vantagens de se tratar com determinado medicamento e, de preferência, ter uma opinião médica a respeito do seu caso. A Pílula do Truvada foi autorizada no em julho de 2012 nos Estados Unidos e já virou polêmica em alguns países, como no Brasil.
Segundo os especialistas, a Pílula do Truvada serve para impedir que os seus usuários se infectem pelo HIV, vírus da AIDS. Para tanto, o fármaco combina duas substâncias, tenofovir e emtricitabina, que já são usadas no tratamento de portadoras do HIV. A sua eficiência é de cerca de 70%. No entanto, mais importante do que isso é lembrar que a Pílula do Truvada não substitui o uso da camisinha, sendo ela ainda a melhor maneira de se prevenir contra a Aids.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou, logo após o governo norte-americano autorizar o uso da Pílula do Truvada, que o remédio não vai ser incluído no SUS – Sistema Único de Saúde como método auxiliar de prevenção. Porém, o fármaco foi liberado pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para ser usado no país.
Enquanto muitos especialistas enxergam apenas as vantagens da Pílula do Truvada, outros avaliam que já existem outras formas tão eficientes de prevenir infecções pelo vírus HIV, além do remédio apenas ser a junção de dois medicamentos conhecidos para o tratamento da doença. O governo informou, ainda, que o Brasil estuda a fabricação de uma pílula com o mesmo objetivo, que vai sair mais barata do que importar a Pílula do Truvada.
De qualquer forma, os médicos alertam que o seu uso não pode ser indiscriminado, pois causa efeitos colaterais como diarreia e vômito, podendo afetar os rins e causar osteoporose. A Pílula do Truvada é mais eficiente para pessoas que são casadas com parceiros que tenham a doença e que ainda não contraíram o vírus. Além disso, ela deve que ser tomada todos os dias para o vírus não criar resistência, o que pode significar um gasto de R$ 20 mil por ano.