VAI QUE DÁ CERTO – O filme conta com uma história incomum e que, por si só, é um absurdo. O enredo nos leva a um reencontro de cinco amigos depois de muitos anos, e que descobrem que ainda possuem algumas coisas em comum. O problema é que a principal coincidência agora é a falta de grana, consequência de planos de vida negligenciados e frustrações constantes.
Por isso, os cinco amigos resolvem aplicar um grande golpe em uma transportadora de valores. Na verdade o plano não cria um golpe, mas um grande roubo cinematográfico que tem tanto de recompensador quanto de perigoso. Passeando pelos problemas pessoais dos cinco amigos e explorando o lado cômico da covardia e ignorância de cada um, o filme traça um perfil de incompetência do grupo que leva ao óbvio fracasso inicial da operação.
Depois dos problemas práticos, os heróis devem arcar com a dívida de um perigoso empresário, que aceitou financiar o armamento do grupo. Como o crime não chega nem perto de dar certo, os amigos têm que se virar para contornar a situação e evitar o pior, ao mesmo tempo em que ainda tentam se der bem nas idas e vindas.
Mais do mesmo sucesso
O filme conta com os atores Lúcio Mauro Filho, Danton Mello, Gregório Duvivier, Fábio Porchat, Felipe Abib e Bruno Mazzeo. O filme é cheio de tiradas inteligentes e humor sórdido, no mesmo estilo dos demais filmes nacionais lançados nos últimos anos do mesmo gênero, inclusive muito com a participação de Bruno Mazzeo.
O ator fez parte de uma reinvenção da comédia no cinema nacional, na produção de filmes irreverentes e de muito sucesso, em um humor cotidiano, mas sem a crítica do humor tradicional, o que leva mais e mais telespectador ao cinema pela proposta água com açúcar.
É um estilo de humor consagrado, mas com pouca impressão e força na função social que o humor desempenha em uma sociedade como gênero artístico, despontando como uma comédia pura e insubstancial, mas de puro sucesso justamente pelo fim em si mesmo. Esses novos filmes brasileiros, contudo, possuem a glória de levar o telespectador brasileiro às bilheterias para assistir a prata da casa, ao invés de mergulhar nas opções cíclicas e previsíveis de Holywood.