O ferro é conhecido por ser importante na alimentação e fortalecer o sangue prevenindo a anemia. Porém, ao tentar se proteger de um mal comendo muitos alimentos ricos em ferro, é possível estar ultrapassando a quantidade necessária para combater o problema e ainda se expondo a outros. Saiba quais são os cuidados com o excesso de ferro na alimentação que você deve ter para se manter saudável.
A hemacromatose por exemplo, é uma alteração genética que faz com que o organismo absorva o ferro em quantidades maiores e não elimine o que não precisa. Quando o índice de ferro no sangue ultrapassa as 160 microgramas ele já está em excesso, e pode provocar ferrugem no órgãos e causar diferentes problemas para cada parte do corpo.
O fígado, por exemplo, pode sofrer de cirrose, já o pâncreas com diabetes, o coração de insuficiência cardíaca e as glândulas começam a funcionar mal e ter problemas de produção hormonal. Conheça as complicações que a hemacrotamose pode causar, como diagnosticar e tratar o problema, e viver de forma saudável:
Principais cuidados com o excesso de ferro na alimentação
Alterações genéticas
A hemocratomase pode ser mais comum do que se imagina. Nos Estados Unidos, ela é a doença genética mais comum. Normalmente o indivíduo que possui a mutação tem dois genes, mas não é impossível que uma pessoa com um só possua também a tendência de retenção de ferro.
No Brasil não há estimativas precisas. Um estudo em 2001 realizado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo mostrou 7% a 20% dos doadores de sangue apresentavam hemacrotamose.
Além da hemocromatose hereditária, existe a secundária, que é encontrada em pacientes com anemia que ou que fizeram transfusões de sangue e adquiriram o problema durante o tratamento.
Diagnóstico rápido
Os sintomas da hemocrotamose podem ser confundido com outros problemas clínicos, porém pode ser identificado em um simples exame de sangue que mede os níveis de saturação de ferro e ferritina. O exame pode ser pedido em qualquer check up. Um teste genético também pode ajudar no diagnóstico.
Ferro na medida certa
O tratamento mais comum para a hemocrotamose, e que é utilizado no Brasil, é a sangria terapêutica, que funciona como uma doação de sangue, porém o sangue retirado do paciente é descartado depois de coletado. O médico vai avaliar quantas sessões são necessárias, mas normalmente se começa com duas etapas importantes e depois de acordo com a necessidade de cada pessoa.
O tratamento é recomendável para quem ainda não foi afetado com complicações da hemocrotamose, como a cirrose por exemplo. Neste caso, é recomendável tratar de um problema primeiro e controlar a alimentação equilibrando a quantidade de ferro, retirando principalmente a carne vermelha, maior fonte de ferro, do cardápio diário. Claro que não precisa virar vegetariano, mas é bom controlar o consumo.
É importante também, independente de qual tratamento ou etapa estiver, aprender como controlar o problema fazendo exames de sangue periodicamente.