Os cuidados com hepatite autoimune ao engravidar são fundamentais, já que a gestante com essa doença corre o risco de sofrer hemorragias ou mesmo a chance de o seu corpo rejeitar o feto. No entanto, com acompanhamento médico adequado, tanto de obstetra quanto de hepatologista, é possível ter uma gestação tranquila.
Muitas vezes, a mulher com hepatite autoimune não precisa realizar tratamento ao longo da gravidez. No entanto, se o uso de fármacos for necessário, o hepatologista deve orientar a inclusão do mesmo durante a gestação. Geralmente, os medicamentos utilizados são corticoides, que têm a função de diminuir a inflamação do fígado.
Mesmo que a hepatite autoimune na gravidez não possa ser curada, é normal a mulher sentir uma melhora nesse período, com menos sintomas, pois a doença evolui mais devagar. Por isso, não raro, o tratamento medicamentoso na gravidez é interrompido. No entanto, os sinais do problema podem estar presentes e são os mesmos que, normalmente, afetam pessoas que não estão grávidas. Além disso, a mãe não costuma passar a hepatite autoimune para o feto na gravidez.
Os principais sintomas da hepatite autoimune são: dor e fraqueza nos músculos, dor no abdômen, fortes náuseas, falta de apetite, cansaço em excesso, coceira nas articulações, olhos e pele amarelados e aumento da barriga (além do aumento normal durante a gestação). Porém, cada pessoa pode apresentar um ou mais sintomas, conforme o grau de avanço da doença.
Mais sobre os cuidados com hepatite autoimune ao engravidar
Na hepatite autoimune, as células do fígado são atacadas pelo sistema imunológico, assim, o fígado é prejudicado, ao ser inflamado. Porém, essa doença é bastante rara e não é transmitida entre pessoas, tampouco costuma ser transmitida de pais para filhos.
Como a maioria das doenças autoimunes, não se conhece bem a sua causa, mas está associada a um distúrbio do sistema imunológico. O mais comum é que a doença apareça em mulheres, antes de completarem 30 anos. Ela é classificada em dois tipos. A hepatite autoimune tipo 1, que normalmente surge entre os 16 e os 30 anos, caracteriza-se pelo aparecimento de anticorpos FAN e AML no exame de sangue. Já a de tipo 2 é mais comum em crianças entre os dois e 14 anos, tendo como anticorpo característico o Anti-LKM1.
A cura para essa doença se dá apenas com o transplante de fígado. Entretanto, essa opção apenas é escolhida em casos graves, uma vez que a hepatite autoimune pode ser controlada com o tratamento medicamentoso adequado. Além de corticosteroides, o paciente faz uso de imunossupressores.
O portador da doença deve, ainda, dar atenção especial à sua alimentação, que deve ser saudável e balanceada, reduzindo ao máximo o consumo de alimentos gordurosos, embutidos e produtos industrializados como um todo. Ele também deve evitar a ingestão de bebidas alcoólicas.