Os cuidados com hanseníase na gravidez são muito importantes, uma vez que essa doença se trata da popularmente chamada lepra e, embora muitas pessoas achem que ela foi erradicada há décadas, ainda existem casos. Os quadros são mais comuns em países pobres, como na África, no sul da Ásia e mesmo na América Latina.
Além disso, o Brasil é o segundo país do mundo com maior incidência da doença, o que exige os adequados cuidados com hanseníase na gravidez. Entre eles, está o de evitar o início de uma gravidez até que não se esteja totalmente curada da doença, uma vez que a gestação pode provocar o agravamento doença.
Dessa forma, tanto mãe quanto filho podem estar em risco, sendo que as situações mais comuns para o recém-nascido é ser prematuro e nascer com baixo peso. Caso a gravidez inicie antes da cura da hanseníase é de extrema necessidade que a gestante faça todo o acompanhamento pré-natal necessário.
Isso porque a paciente com a doença apresenta a infecção justamente em um momento de baixa imunidade, que é o da gestação. Com o sistema imunológico debilitado crescem ainda as chances da mulher contrair outras doenças e mesmo da doença evoluir, momento esse em que órgãos importantes podem ser afetados, entre eles, os rins, fígado e baço.
Por outro lado, a paciente com a doença que se cura totalmente pode engravidar sem problemas. A cura para a hanseníase ocorre, entretanto, quando a doença é precocemente diagnosticada.
Mais informações e cuidados com hanseníase na gravidez
Caso a mulher com hanseníase engravide, o mais indicado é que ela não interrompa o tratamento que está fazendo. Entre os cuidados com hanseníase na gravidez há também a necessidade de que a paciente seja acompanhada com frequência, mensalmente ou com menor intervalo de tempo, pelo obstetra e pelo dermatologista, que é o especialista que trata a doença.
Todo o cuidado é pouco, uma vez que um dos fármacos utilizados no tratamento hanseníase, a talidomida, pode causar malformações no feto. Para identificar a doença vale conhecer os seus sintomas que se caracterizam inicialmente pelas manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, apresentando nódulos pequenos que podem estar acompanhados de mudanças na sensibilidade das áreas afetadas.
A doença é transmitida pelas vias respiratórias, porém, é de baixa infectividade, sendo que apenas 10% das pessoas que o contraem o agente patológico têm chances de desenvolver a hanseníase. Sua manifestação vai depender, sobretudo, do quão está fragilizado o sistema imunológico de quem entra em contato com a bactéria que provoca a doença, a Mycobacterium leprae.
Além da pele, o bacilo ataca os nervos periféricos, músculos e, em casos graves, até outros órgãos, podendo ter sequelas como paralisia e cegueira. O período de incubação da bactéria vai de seis meses a seis anos.