Pessoas que andam muito cansadas, que na parte da manhã enfrentam dificuldade extrema em sair da cama e quando chegam ao trabalho ou faculdade, só conseguem em voltar para a casa, podem estar sofrendo de um problema grave. Isso porque o cansaço é uma das cinco principais queixas que levam os pacientes até o consultório de um médico clínico geral. Diversos fatores podem estar causando este sintoma, desde doenças cardiovasculares até mesmo o abuso de álcool ou drogas. Apesar de inúmeras possibilidades, um número muito maior de pessoas que reclamam do canso excessivo são portadores da síndrome da fadiga crônica. Mais frequente em mulheres que em homens, é importante saber como tratar síndrome de fadiga crônica.
Como definir o cansaço?
Muitos médicos podem atribuir o cansaço excessivo a noites mal dormidas, a uma alimentação inadequada, a problemas psicológicos, falta de atividade física e até mesmo o desânimo com o trabalho atual. Mas a diferença no caso da síndrome é que os pacientes além de se sentirem excessivamente cansados, ainda tem dificuldade em se concentrar no trabalho, executar as tarefas do dia a dia. A doença se instala de forma silenciosa, normalmente após um episódio de processo infeccioso, como resfriado, gripe ou sinusite. De forma ainda inexplicável, a infecção vai embora do organismo, mas deixa o rastro da síndrome, com indisposição, fraqueza muscular e fadiga. Estes sintomas até podem melhorar, mas acabam ressurgindo periodicamente, em ciclos de meses ou anos.
Como tratar a síndrome de fadiga crônica
Ainda não existe nenhum exame laboratorial que ajude a identificar a fadiga crônica. O International Chronic Fatique Syndrome Study Group desenvolveu alguns critérios para diagnosticar a crise. Considera-se portadora da síndrome toda pessoa com fadiga persistente, inexplicável por outras causas, que apresentar no mínimo quatro dos sintomas citados abaixo, por um período de pelo menos seis meses: fraqueza intensa que persiste por mais de 24 horas após esforço físico, sono que não cessa, comprometimento significativo da memória recente ou concentração, dores de cabeça com características diferentes, dor em articulações, sem apresentar sinais inflamatórios, dores musculares, gânglios inflamados e dor de garganta.
Existe tratamento?
A medicina ainda vê como imprevisível a evolução da doença, que pode desaparecer em pouco mais de seis meses, ou durar por anos, até mesmo pelo resto da vida. Como pouco se sabe sobre a síndrome, não existem ainda tratamento específicos para quem sofre do mal. É possível tratar cada sintoma individualmente, de forma paliativa, como melhorar a qualidade do sono e evitar as dores. Mudar alguns hábitos também pode ser útil, como manter dieta equilibrada, consumir álcool de forma moderada, realizar exercícios físicos e tentar controlar o estresse. Para conseguir manter normalmente sua atividade profissional e física, são fundamentais reabilitação fisioterápica e condicionamento físico.