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ALIMENTOS BIOFORTIFICADOS

ALIMENTOS BIOFORTIFICADOS

Imagine poder enriquecer alimentos que comemos diariamente com substâncias como ferro, zinco e vitaminas A e C, potencializando seus efeitos naturais no corpo e ainda trazer ainda mais benefícios? Pois hoje em dia não é mais necessário imaginar. Os alimentos biofortificados são realidade e logo poderão estar à venda nos mercados.

Esta técnica permite ainda introduzir ou aumentar teores de compostos bioativos dos alimentos, como flavonoides, polifenóis, licopeno, vitamina E e antioxidantes. Todas essas adições de nutrientes, vitaminas e outros compostos tem a intenção de combater diversas doenças com a ajuda da alimentação, como já é feito, porém com efeitos mais fortalecido.

Um alimento com grandes quantidades de sulforafano, por exemplo, pode prevenir um câncer, mas ao ser biofortificado ganhará mais vitaminas e ajudar em outros problemas recorrentes. A biofortificação acontece por meio do cruzamento de variedades ou introdução de genes nos alimentos, ou como é chamada pelos biotécnicos: transgenia.

Os alimentos com chances de receber novos compostos são avaliados e testados para constatar o que e o quanto podem receber, até que acontece a introdução dos novos compostos, transformando sua composição. Alimentos que não passam no teste não são modificados.

Aderir ou não aderir aos alimentos transgênicos

Os alimentos biofortificados já está aprovado em outros países sob supervisão da FAO (Orgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e passou nos testes que avaliavam riscos toxicológico ou alergênico, inclusive se apresentaram melhores do que suas versões originais.

Nos anos de testes no exterior, nenhum alimento transgênico apresentou qualquer reação adversa e até está sendo consumido em alguns países. Nas Filipinas por exemplo, o arroz dourado que é modificado com betacaroteno, um antioxidante natural e provedor da vitamina A, já circula e é consumido normalmente.

Alimentos biofortificados no Brasil

O país possui uma iniciativa de pesquisa em alimentos biofortificados, que é a rede BioFort. A rede já desenvolveu milho, batata-doce e mandioca enriquecidos com betacaroteno. Além de experimentos com zinco e ferro adicionados ao feijão, arroz e ao trigo.

No Brasil a biofortificação pode ter impacto direto na educação alimentar da população e ser eficaz como estratégia para combater a obesidade, a hipertensão e a diabetes, problemas que tem alcançado a população brasileira cada vez mais cedo.

Assim como na Ásia, o foco inicial da alimentação biofortificada no Brasil são as crianças em idade escolar, para depois levar os alimentos ao mercado. No Rio de Janeiro, desde junho de 2013, a Embrapa (Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária) introduziu alguns alimentos transgênicos as cozinhas das escolas públicas das áreas rurais.

Para a FAO, o enriquecimento dos alimentos é um caminho fundamental para combater a desnutrição no mundo. As crianças da escola têm um grande aumento no nível nutricional de sua alimentação com a introdução dos alimentos renovados.